No Adeus de ERMELINDA FERREIRA
Foi uma cerimónia singela que teve lugar na capela de São Paulo. Era o último adeus a Ermelinda Ferreira, dedicada aluna da UNISETI há largos anos, amiga, dotada de um sorriso doce e franco. As filhas (o filho, longe no Brasil, acompanhou, graças às novas tecnologias aquele momento de despedida) disseram o que sentiam pela mãe, a sua coragem, dedicação, inteligência e como haviam chegado a Setúbal no período da descolonização. Sem deslocar os olhos para o passado, não o omitindo, deu ímpeto a um presente que não permitia devaneios saudosistas. Agradeceram sentidamente à UNISETI, a sua outra casa e família, que lhe permitira regressar aos estudos e, sobretudo, desafiar os novos desafios que as tecnologias de informação lhe colocavam: as aulas de multimédia constituía o seu principal foco. Pediram-me, na altura, que dissesse umas palavras. Seriam naturalmente de circunstância. Mas fica aqui este breve registo de uma aluna que soube encarnar como poucas o espírito de uma Universidade Sénior. A de que nunca é tarde para aprender e fazer novos amigos. Deixou-nos quando estamos a celebrar o 15.º aniversário. A sua memória ficará para sempre inscrita no nosso livro de afectos e gratidão.
Arlindo Mota
Presidente da Administração da UNISETI
