24/04/2018
25/04/2018
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ADMINISTRAÇÃO - Celebrando o 25 de Abril (Parte 2. Palestra)
24/04/2018
"Os murais como estratégia comunicacional em Setúbal", dissertação cativante, pela jornalista Helena de Sousa Freitas.
Perdendo-se as origens da pintura
mural na Pré-história, as que melhor se conhecem acompanharam momentos de
convulsão política e social de que são exemplos o pós-revolução mexicana e o
Maio de 1968 em França.
Em Portugal, esta forma de
comunicação teve ampla expressão durante o PREC, percorrendo todo espectro
político, do MRPP ao CDS. Com o abrandamento da agitação política, os murais
foram aparecendo menos, voltando a ressurgir quando a reacção popular se
intensifica, à volta de temas "quentes".
A focalização do tema em Setúbal, segundo Helena Freitas, decorre do
facto de esta região ser fustigada, desde há quase um século, pelo flagelo do
desemprego, a par de outras situações que levaram a um forte movimento de
expressão mural. Como exemplos de reacção nas paredes foram apresentados os
casos da Mecânica Setubalense, da Renault ou da Viegas & Lopes.
A comunicação mural, contrariamente
ao que possa parecer à primeira vista, é uma actividade muito bem estudada
pelos seus autores, que têm objectivos bem definidos. Os locais e os momentos
das inscrições são escolhidos, de modo a prolongar o tempo que estas ficam
expostas.
No aspecto gráfico e nos conteúdos,
os murais assemelham-se às faixas exibidas nas manifestações de rua e
distinguem-se claramente dos "graffiti". Estes últimos podem transmitir
mensagens entre grupos restritos que o grande público nem sempre capta ou ter
apenas papel decorativo, podendo ser executados por encomenda e/ou ser um meio
de expressão artística.
Para terminar, Helena Freitas
referiu que, em geral, as pessoas aceitam os murais desde que estes emanem de
organizações com peso social.
CIMM - António Gedeão
Setúbal, 20/04/2018
A UNISETI voltou a encher a Casa da Cultura. O tema não era para menos. António Gedeão ou, se quisermos, Rómulo de Carvalho.
Seguindo o esquema de entrevista, Maria Alice Silva colocou a Arlindo Mota um conjunto de interessantíssimas questões, inspiradas numa entrevista que aquele fez a António Gedeão, em 1975 e publicada a quatro páginas no Jornal de Letras. Assim, as respostas tiveram o aliciante de ser na primeira pessoa.
As questões colocadas por Maria Alice levaram A. Mota a dar-nos a conhecer o relacionamento que teve com Rómulo de Carvalho, e as variadas facetas de tão ilustre pessoa, que acabaria por não ser condignamente tratado, mesma depois da Revolução dos Cravos.
As vicissitudes da vida levaram ao afastamento entre os dois, registando-se alguns contactos por altura da feira do livro, mas a partir do ano de 2000 os contactos só se realizaram por interposta pessoa.
A sessão foi enriquecida com alguns poemas de António Gedão, ditos por:
- "Poema para Galileu"
- " Pedra Filosofal"
Arlindo Mota
- "Poema de um homem só"
Maria Alice Silva
- "Uma qualquer pessoa"
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