26/06/2024

Pane, vino e Dolce Vita

Os trabalhos na Uniseti começaram cedo no dia 25 de Junho de 2024 e até casos houve de chegada antes da abertura da porta.  O desafio do professor da disciplina de Italiano de levar a cabo uma aula prática na qual se faria pão, pão siciliano, fez com que os aderentes se levantassem cedo, talvez depois de uma noite de sono leve, que as expectativas a isso levaram.

À hora marcada e sem perda de tempo, o professor Eduardo Chiarelli deu início à explicação dos mecanismos químicos presentes na fermentação da massa e de alguns cuidados a ter, nomeadamente o momento da adicção de sal, escolhido de forma a não interferir com o desenvolvimento das bactérias do fermento.

Depois, os candidatos a estagiários de padeiro, deitaram os ingredientes nos alguidarinhos que trouxeram e iniciaram o processo de amassadura, cada um à sua maneira, mas todos com o mesmo objectivo: produzir uma boa massa. 

Retirada uma pequena parte da massa para fins mais imediatos, a restante foi a repousar ou seja, levedar, bem abafada com uma manta, para manter uma temperatura estabilizada.

Entretanto foram-se produzindo outros mimos culinários como tranças de chouriço, com ou sem beringelas estufadas e azeitonas, crepes de chouriço e um pão recheado de queijo de levar aos céus. Comidos quentinhos e acompanhados de um bom vinho tinto ou branco da região, somos bairristas, preencheram o tempo de espera pela fermentação da massa.

Tendo-se verificado que a cruz incisa no cimo das bolas de massa se tinha esbatido, sinal que a fermentação estava no ponto, era altura de fazer os pães, motivo principal daquele ajuntamento mas não o único. Mais uma vez as instruções do professor foram fundamentais no sentido de conseguir alguma estandardização do processo, nem sempre fácil de conseguir dada a natural tendência para a inovação da activa população estudantil.  Ainda assim o produto apresentava alguma homogeneidade. Adornados com sementes de gergelim, seguiram para a cozedura, sob vigilância apertada do professor, que não delegou esta tarefa, não fosse o diabo tecê-las.

O resultado maravilhou a todos a vista e o olfacto. Pãezinhos lourinhos, exalando aquele cheirinho tão agradável a pão quente, enterneciam.

Então, sem contemplações, lançámo-nos sobre eles e, despedaçados, foram comidos ainda quentes, acompanhando rodelas de paio e de chouriço assado na altura, barrados com paté de atum ou de beringela mas, sobretudo,  bem barrados com manteiga, talvez a melhor maneira de os comer. Foi divinal.

E de tudo o que se passou que ficou? Ficou a memória de uma manhã muito bem passada, com risos, alegria e a satisfação de conviver. E uma foto para ver de vez em quando e recordar.


A Base       


 A massa


Levedando



Pão de queijo divinal




O fabrico 























O Controlo






A arte final




O fim previsível



Para recordar



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