18/06/2025
12/06/2025
Passeio de final de ano à Europa Central
Viagem de final do ano lectivo 2024/2025, à
Europa Central
No habitual local de
encontro para os nossos passeios e visitas, cerca das 04,30 h da manhã desse
dia 31 de Maio, os 38 finalistas já se encontravam reunidos aguardando o
transporte para o aeroporto de Lisboa.
Cumpridas as
formalidades de embarque, pouco passava das oito horas quando levantámos voo em
direcção a Praga. O autocarro que nos levou do aeroporto estacionou a pequena
distância do hotel, vencida sem qualquer dificuldade.
Ultrapassada a fase
das malas e do alojamento, como a hora do almoço já estava há muito vencida,
cada um petiscou o que entendeu e pôde provar a boa cerveja que por lá se
fabrica, a Pivo, como lá lhe chamam.
A visita à cidade
começou pela Praça da Independência, onde decorria um mercado de bugigangas e
de comes e bebes. A ameaça de chuva não foi obstáculo e lá seguimos para a
Torre da Pólvora, passámos pela rua do Fosso, demos uma olhadela ao
antiquíssimo Mercado de Havel (Havelske Trzist) e encaminhámo-nos para a Torre
do Relógio para, às dezassete horas em ponto, assistirmos à Caminhada dos
Apóstolos, como acontece a cada mudança de hora. Então, à hora certa, pelas
duas janelas que encimam o relógio surgem, rodando, as figuras dos apóstolos e
outras figuras representativas, antecedendo as badaladas das horas.
Calcorreando pela
cidade, passagem pelo Bairro Judeu. Depois do jantar uma saída para ver a
cidade à noite.
No segundo dia visita
à zona alta de Praga, onde se situa o castelo, com deslocação em autocarro.
Passado o convento dos Premonstratenses, bons fabricantes de cerveja segundo
informação da guia, chegámos à Praça do Loreto. Visita à Catedral de S. Vito,
S. Venceslau e S. Adalberto que, no seu interior, acolhe a capela de S.
Venceslau onde se encontra o seu túmulo.
Numa vitrine réplicas das Jóias da Coroa da Boémia, constituídas pela Coroa,
Ceptro Real e Maçã Real. Destaque para o túmulo de duas toneladas de prata de
S. João Nepomuceno. Continuando, passámos pela janela onde ocorreu o episódio
histórico da segunda Defenestração de Praga e mais umas fotos panorâmicas da
cidade a partir do castelo. Descendo pela Rua do Ouro, construída pelo
Imperador Rudolfo II para alojar os artilheiros do castelo e outros serviçais
do palácio, constacta-se que não há ouro nenhum. Entre as pequenas lojas da rua
a casa identificada com o número 22 foi habitada por Franz Kafka, diz-se. Depois
do almoço, uma olhadela à ponte Carlos sobre o rio Moldava que tem junto dela a
imponente e mais famosa estátua do S. João Nepomuceno. Descemos a rua Juan
Neruda, passamos pela Igreja de S. Nicolau, tomamos a Rua das Carmelitas e
chegámos à Igreja do Menino Jesus de Praga, com a imagem do menino. Em
exposição as suas roupinhas.
Por todo o lado
pessoas comendo uma espécie de bolo em espiral, com recheios diversos, doces ou
salgados ou sem recheio nenhum.
O dia terminou com
um espectáculo de teatro negro seguido de jantar em restaurante.
A jornada deste
terceiro dia foi o caminho para Budapeste, com paragem em Bratislava. Durante a
deslocação, em ambos os sentidos filas intermináveis de camiões de mercadorias.
Depois do almoço visita à cidade, com passagem pela antiga farmácia Salvator
Aphoteke agora transformada em farmácia-museu, pela Catedral de S. Martin,
pelos palácios dos Arcebispos e do Presidente e pela estátua do trabalhador
saindo dos esgotos, para inevitáveis fotos e o afagar do seu capacete. Alguns
edifícios tem incrustados projécteis de canhão para preservar a memória da
invasão russa. Chegados a Budapeste, após o jantar uma volta pela cidade
passando pela ponte da Liberdade, também chamada Ponte de Francisco José e
contemplar o Danúbio à noite.
O passeio do quarto
dia começou no Grand Bulevard com passagem pelo Café New York. Atravessado o
ex-bairro judeu chega-se à Igreja de S. Isabel de Hungria que protagonizou um
milagre das rosas tal como a nossa Rainha Santa Isabel. Seguimos para a Praça
dos Heróis com estatuária alusiva às sete tribos Magiares. Pelo Pequeno Bulevard
atinge-se a ponte branca de Sissi, passando-se pela segunda maior sinagoga do
Mundo. Alcançada a colina de S. Geraldo, na Praça Maior de Buda a imponente Igreja
de S. Matias. Do Bastião dos Pescadores tem-se uma espantosa vista panorâmica
da cidade. Descendo, visita ao mercado com variadíssimos produtos alimentares,
com destaque para as malaguetas e a famosa paprika.
O dia terminou com
um jantar típico, a que não faltou o goulash e a música tradicional ao vivo.
O quinto dia começou
com uma pequena caminhada pela margem do Danúbio, podendo ver-se na outra
margem o hotel e estância termal Gellert e mais uma vez as pontes branca e
verde de Sissi e Francisco José. Continuando, passa-se por aquilo a que chamam
o museu do terror. Trata-se de uma réplica metálica de 60 pares de sapatos
retirados aos judeus mortos pelo partido nazi húngaro cujos corpos foram
atirados ao Danúbio. As réplicas estão enfileiradas ao longo do passeio e
mostram que eram de adultos e crianças, homens e mulheres, um horror.
Seguiu-se a visita
ao interior do lindíssimo Parlamento e à Basílica de Santo Estevão onde se
encontra a mão direita mumificada do Santo. Entrando no Bairro Judeu pela Rua
do Tabaco encontramos a Grande Sinagoga, só vista pelo exterior. Feitas as
visitas pedonais, a estadia em Budapeste terminou com um minicruzeiro no
Danúbio com almoço a bordo.
E de novo no
autocarro a caminho de Viena. Pela autoestrada de novo o tráfego de camiões,
talvez menos intenso. De espantar foi o parque eólico que ficava à nossa
direita, a meio caminho de Viena: imenso a perder de vista.
A visita a Viena deu
início ao sexto dia do passeio começando pelo edifício conhecido como Repolho
Dourado, no início da Ring Strass, via com mais de 5 km de extensão por cerca
de 60 m de largura. Foi manda construir por Francisco José após derrube das
muralhas da cidade. Percorrer esta avenida é ter uma panorâmica de grande parte
da Viena monumental. Entre o que se viu e apreciou retivemos: o Edifício do
Casino, o Hotel Sacher, a Opera, os monumentos a Goethe e Mozart, a Praça Maria
Teresa rodeada de museus, o Palácio do Parlamento , o Parque das 100.000 rosas,
o Teatro Nacional, a Câmara Municipal, o Café Landtman que Freud frequentava, a
Igreja Votiva de Viena mandada construir pelo irmão do Imperador Francisco José
por este ter sobrevivido ao atentado de foi alvo. Imperdível lançar um olhar
para a casa do arquitecto Hundertwasser, influenciado pelo catalão Antonio
Gaudi.
Continuamos com
passagem pelo Palácio de Belvedere e visita ao Palácio de Schonbrunn.
No último dia, manhã
livre para voltar a Belvedere para ver a exposição de Klimt, deambular pela
cidade, saborear a tarte Sacher e, por último, a visita à Opera.
E, assim, terminou
mais um agradável e enriquecedor passeio, sem sobressaltos nem acidentes, para
além de uns tropeções sem consequências.
