12/06/2025

Passeio de final de ano à Europa Central

 

Viagem de final do ano lectivo 2024/2025, à Europa Central

No habitual local de encontro para os nossos passeios e visitas, cerca das 04,30 h da manhã desse dia 31 de Maio, os 38 finalistas já se encontravam reunidos aguardando o transporte para o aeroporto de Lisboa.

Cumpridas as formalidades de embarque, pouco passava das oito horas quando levantámos voo em direcção a Praga. O autocarro que nos levou do aeroporto estacionou a pequena distância do hotel, vencida sem qualquer dificuldade.

Ultrapassada a fase das malas e do alojamento, como a hora do almoço já estava há muito vencida, cada um petiscou o que entendeu e pôde provar a boa cerveja que por lá se fabrica, a Pivo, como lá lhe chamam.

A visita à cidade começou pela Praça da Independência, onde decorria um mercado de bugigangas e de comes e bebes. A ameaça de chuva não foi obstáculo e lá seguimos para a Torre da Pólvora, passámos pela rua do Fosso, demos uma olhadela ao antiquíssimo Mercado de Havel (Havelske Trzist) e encaminhámo-nos para a Torre do Relógio para, às dezassete horas em ponto, assistirmos à Caminhada dos Apóstolos, como acontece a cada mudança de hora. Então, à hora certa, pelas duas janelas que encimam o relógio surgem, rodando, as figuras dos apóstolos e outras figuras representativas, antecedendo as badaladas das horas.

Calcorreando pela cidade, passagem pelo Bairro Judeu. Depois do jantar uma saída para ver a cidade à noite.

No segundo dia visita à zona alta de Praga, onde se situa o castelo, com deslocação em autocarro. Passado o convento dos Premonstratenses, bons fabricantes de cerveja segundo informação da guia, chegámos à Praça do Loreto. Visita à Catedral de S. Vito, S. Venceslau e S. Adalberto que, no seu interior, acolhe a capela de S. Venceslau onde se encontra  o seu túmulo. Numa vitrine réplicas das Jóias da Coroa da Boémia, constituídas pela Coroa, Ceptro Real e Maçã Real. Destaque para o túmulo de duas toneladas de prata de S. João Nepomuceno. Continuando, passámos pela janela onde ocorreu o episódio histórico da segunda Defenestração de Praga e mais umas fotos panorâmicas da cidade a partir do castelo. Descendo pela Rua do Ouro, construída pelo Imperador Rudolfo II para alojar os artilheiros do castelo e outros serviçais do palácio, constacta-se que não há ouro nenhum. Entre as pequenas lojas da rua a casa identificada com o número 22 foi habitada por Franz Kafka, diz-se. Depois do almoço, uma olhadela à ponte Carlos sobre o rio Moldava que tem junto dela a imponente e mais famosa estátua do S. João Nepomuceno. Descemos a rua Juan Neruda, passamos pela Igreja de S. Nicolau, tomamos a Rua das Carmelitas e chegámos à Igreja do Menino Jesus de Praga, com a imagem do menino. Em exposição as suas roupinhas.

Por todo o lado pessoas comendo uma espécie de bolo em espiral, com recheios diversos, doces ou salgados ou sem recheio nenhum.

O dia terminou com um espectáculo de teatro negro seguido de jantar em restaurante.

A jornada deste terceiro dia foi o caminho para Budapeste, com paragem em Bratislava. Durante a deslocação, em ambos os sentidos filas intermináveis de camiões de mercadorias. Depois do almoço visita à cidade, com passagem pela antiga farmácia Salvator Aphoteke agora transformada em farmácia-museu, pela Catedral de S. Martin, pelos palácios dos Arcebispos e do Presidente e pela estátua do trabalhador saindo dos esgotos, para inevitáveis fotos e o afagar do seu capacete. Alguns edifícios tem incrustados projécteis de canhão para preservar a memória da invasão russa. Chegados a Budapeste, após o jantar uma volta pela cidade passando pela ponte da Liberdade, também chamada Ponte de Francisco José e contemplar o Danúbio à noite.

O passeio do quarto dia começou no Grand Bulevard com passagem pelo Café New York. Atravessado o ex-bairro judeu chega-se à Igreja de S. Isabel de Hungria que protagonizou um milagre das rosas tal como a nossa Rainha Santa Isabel. Seguimos para a Praça dos Heróis com estatuária alusiva às sete tribos Magiares. Pelo Pequeno Bulevard atinge-se a ponte branca de Sissi, passando-se pela segunda maior sinagoga do Mundo. Alcançada a colina de S. Geraldo, na Praça Maior de Buda a imponente Igreja de S. Matias. Do Bastião dos Pescadores tem-se uma espantosa vista panorâmica da cidade. Descendo, visita ao mercado com variadíssimos produtos alimentares, com destaque para as malaguetas e a famosa paprika.

O dia terminou com um jantar típico, a que não faltou o goulash e a música tradicional ao vivo.

O quinto dia começou com uma pequena caminhada pela margem do Danúbio, podendo ver-se na outra margem o hotel e estância termal Gellert e mais uma vez as pontes branca e verde de Sissi e Francisco José. Continuando, passa-se por aquilo a que chamam o museu do terror. Trata-se de uma réplica metálica de 60 pares de sapatos retirados aos judeus mortos pelo partido nazi húngaro cujos corpos foram atirados ao Danúbio. As réplicas estão enfileiradas ao longo do passeio e mostram que eram de adultos e crianças, homens e mulheres, um horror.

Seguiu-se a visita ao interior do lindíssimo Parlamento e à Basílica de Santo Estevão onde se encontra a mão direita mumificada do Santo. Entrando no Bairro Judeu pela Rua do Tabaco encontramos a Grande Sinagoga, só vista pelo exterior. Feitas as visitas pedonais, a estadia em Budapeste terminou com um minicruzeiro no Danúbio com almoço a bordo.

E de novo no autocarro a caminho de Viena. Pela autoestrada de novo o tráfego de camiões, talvez menos intenso. De espantar foi o parque eólico que ficava à nossa direita, a meio caminho de Viena: imenso a perder de vista.

A visita a Viena deu início ao sexto dia do passeio começando pelo edifício conhecido como Repolho Dourado, no início da Ring Strass, via com mais de 5 km de extensão por cerca de 60 m de largura. Foi manda construir por Francisco José após derrube das muralhas da cidade. Percorrer esta avenida é ter uma panorâmica de grande parte da Viena monumental. Entre o que se viu e apreciou retivemos: o Edifício do Casino, o Hotel Sacher, a Opera, os monumentos a Goethe e Mozart, a Praça Maria Teresa rodeada de museus, o Palácio do Parlamento , o Parque das 100.000 rosas, o Teatro Nacional, a Câmara Municipal, o Café Landtman que Freud frequentava, a Igreja Votiva de Viena mandada construir pelo irmão do Imperador Francisco José por este ter sobrevivido ao atentado de foi alvo. Imperdível lançar um olhar para a casa do arquitecto Hundertwasser, influenciado pelo catalão Antonio Gaudi.

Continuamos com passagem pelo Palácio de Belvedere e visita ao Palácio de Schonbrunn.

No último dia, manhã livre para voltar a Belvedere para ver a exposição de Klimt, deambular pela cidade, saborear a tarte Sacher e, por último, a visita à Opera.

E, assim, terminou mais um agradável e enriquecedor passeio, sem sobressaltos nem acidentes, para além de uns tropeções sem consequências.

                                                    





























































































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